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Archive for Outubro, 2013

Medo

Por

Breno “Lobo Branco” Brito

A mente teima em funcionar de forma hermética,

Por isso sempre verá um padrão no universo.

Mas, as vezes o todo se faz ver de forma errática,

E a racionalidade foge frente ao jogo perverso. (mais…)

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Desejos

Por

Breno “Lobo Branco” Brito

                Por mais estranho que pareça o efreet apareceu naquele exato momento. Era alto e belo. Sua pele negra, marcada com escritos rubros reluzia contra a parca luz que adentrava o recinto. Seus olhos eram de um amarelo esverdeado, e observavam avidamente o homem a sua frente. Observava seu trabalho e sua tenacidade.

Sorriu um sorriso alvo e bem delineado.

– Por que bates contra a parede mortal?

O homem tomou um susto, estacando o soco. As suas mãos sangravam e seus ossos doíam.

– Não sei quem és tu criatura. Mas bato porque a dor das mãos me impede de sentir a dor de ser quem sou. – e voltou a socar a superfície dura e manchada a sua frente.

O gênio malicioso o observou por mais alguns instantes. E sentiu no ar a frustração do jovem em ser quem era. Suspirou e murmurou palavras que mudaram as linhas telúricas do mundo.

Tempos depois um homem alto, belo, de pele escura e tatuagens vermelhas fogo chegou na velha academia de boxe. Pendurou ali um surrado, mas resistente saco de areia. E nunca mais o homem de mãos quebradas teve que lembrar quem era.

Era feliz sendo socado diariamente.

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Desculpas vazias

Por

Breno “Lobo Branco” Brito

 

A pessoa entrou na casa. Tinha uma cópia da chave. Nada demais. Afinal, tinha deixado ali alguns de seus pertences que ia voltar para buscar, e sabia que a dona da casa pretendia viajar nos dias que viriam. Entrou sem cerimônia, e sentiu um clima diferente. A casa estava fechada em um breu anormal, além de um cheiro estranho de canela (que logo identificou vindo das grossas velas acesas no corredor da entrada) e um cheiro mais sutil, como se fosse o odor de algo podre. Um cheiro fraco, mas que lembrava degradação, perda e morte.

Pendurada a sua frente, presa por um fio de náilon, onde antes havia uma placa com uma frase engraçada, havia uma carta. Ela começava com letras garrafais e bem desenhas, dizendo “LEIA AGORA!” e continuava assim:

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