Viajar a ciência precisa
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Certeza que é filha de uma revolução
Talvez não de quando se espera
Mas é mestra do pensar de uma nova era
Maestra de uma nova civilização
De uma nova forma de saber
Sem essência, porém sem esmorecer
Dela a aritmética universal se pode descrever
E um novo mundo se pode entender
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De plano a redondo, cilíndrico a geoidal
Desbravou o mundo com mapa celestial
Pelos seus olhos infantis nos dizer como ver
E uma única língua nos fazer entender
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Precisa para universalizar o universo em um local
Necessária para conhecer o mundo dito real.
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Essa é a primeira parte de um projeto que se originou do fim de um curso sobre universalização de ciência que fiz esse semestre. Inspirado no curso resolvi então fazer algumas obras sobre esse período da história das ciências. Então, minha intenção é apresentar de forma não formal (no ver academicista clássico) algo que contemple a ciência (ou o que muitos definem ciência), principalmente no período entre o séc. XVII-XIX.
Teoricamente é para ser em três partes, sendo duas já prontas. Ambas sonetos. Apresento a primeira, que tem uma visão mais sobre a nova visão que teve mais força e coesão no período que chamam de “revolução científica do séc XVII”, e referências a momentos importantes do que se conhece como alicerce da mesma. A segunda parte tem foi uma tentativa de trabalhar poeticamente a determinação do ser cientista. Os dois poemas juntos então formam uma perspectiva da colonização do pensamento humano pelos olhos materialistas do que seria depois chamado de Ciência (há problemas com isso, e com a formação dessa identidade, mas não cabe aqui essa discussão).
A terceira parte (se houver) pretendo fazer em prosa, um conto sobre o momento de mudança do pensamento que originária a “ethos” científica e percepções da Europa no inicio do séc. XIX ou fim do sec. XVIII. Então, seria mais ou menos uma ficcão histórica, que muito me atrai e pouco me aventurei até então.
Novamente, críticas são mais do que bem vindas.
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