Por
Breno “Lobo Branco” Brito
A distância é a razão da desgraça da vida,
Há nela uma tristeza sem igual,
O nutrir de um querer suicida,
A iminência da dor, como no brilho do punhal.
*
Nela se escondem mais faces que em um ator,
Mais dores que no canto do último dodô,
Se esconde as saudades e seu fardo esmagador,
Fardo pesado, cruel, tão grande quanto seu criador.
*
É nela que se destrói amores bem enraizados,
Se cria abismos que corroí a bela amizade,
E que se põe a teste toda a lealdade,
E ela mostra razões para afligir enamorados.
*
Mas, estranhamente ela é mãe da esperança,
Pois tudo pode florir quando se findar a distância.
__________________________________________________________________________________________
Segundo poema que escrevo. Outro soneto, dessa vez shakespeariano – não conseguir pensar uma lógica para dois tercetos. Continua sem métrica e sem ritmo. Queria escrever algo, e o poema saiu rapidinho. Acho que ele ter saído assim, rapidinho, fez as rimas mais pobres que o último. Um dia aprimoro. Ou não.
Curti!
Não tenho domínio das normas técnicas envolvidas na construção de um poema, portanto não sou capaz de opinar se seu soneto tem ritmo ou não. Entretanto, mesmo que de forma rudimentar, acredito ser eu capaz de identificar as inúmeras evocações poéticas do seu poema Breno. Ficou top!